Foi realizada, no dia 15/7, no Rio de Janeiro, a primeira rodada de negociação entre os trabalhadores do Sistema Eletrobras e a direção da Holding sobre o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A reunião foi iniciada pelo diretor financeiro da Eletrobras, Armando Casado, que fez uma ampla análise da atuação da holding, dos cenários e das dificuldades econômicas enfrentadas, afirmando que seria preciso “vender ativos”. “Venda de ativos significa privatização e nós dizemos não a esse desmonte do grupo Eletrobras”, afirmou o diretor da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), Gunter Angelkorte. A direção da Eletrobras ainda informou que a venda de ativos será iniciada na empresa Celg, distribuidora em Goiás. “Já na primeira reunião de negociação do ACT, a Eletrobras apresenta um retrocesso claro com o anúncio de venda de ativos das distribuidoras. O momento é de ampliar a mobilização entre os trabalhadores em defesa de uma Eletrobras pública”, disse Gunter. A próxima rodada de negociação está marcada para o dia 31/7, em Brasília.
No dia 30/7, o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) realizará ato em Brasília, no STIU-DF, em defesa da empresa de Goiás.
Durante a reunião, também ficou definida a composição da comissão paritária para pagamento da Participação dos Lucros e Resultados (PLR) da empresa. Entre as sete vagas para os trabalhadores, a Fisenge está representada por Gunter (titular) e Ulisses Kaniak (suplente); as demais vagas foram distribuídas para a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente (Fenatema). A primeira reunião da Comissão Paritária irá acontecer no próximo dia 23/7 no Rio de Janeiro.