Após a derrubada do fator previdenciário na Câmara dos Deputados, a medida ainda poderá sofrer alterações até seguir para o governo federal. O fator previdenciário entrou em vigor no mandato do então presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1999. Tal medida proporcionou perdas irreparáveis aos trabalhadores aposentados. Isso porque com o cálculo proposto, as perdas de remuneração chegaram a 40% por contribuinte. Este cenário de perdas ainda é pior para as mulheres, que se aposentam mais cedo. Homens e mulheres têm sua força de trabalho espoliada por décadas e na aposentadoria sofrem com perdas irremediáveis, justamente na idade em que mais necessitam da contribuição, por conta dos cuidados com a saúde. O governo federal tem a oportunidade ímpar de corrigir uma distorção e uma das maiores injustiças com a classe trabalhadora brasileira. Nesse sentido, nós, da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) defendemos o fim do fator previdenciário e contamos com a sensibilidade do governo federal, no sentido de sancionar essa medida.
Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros, 11 de junho de 2015