Após a forte adesão dos trabalhadores ao Dia Nacional de Mobilização e Luta pela Redução da Jornada de Trabalho sem diminuição salarial, realizado em 28 de maio, as Centrais Sindicais envolvidas no ato irão apresentar ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), mais de 1,5 milhão de assinaturas favoráveis à aprovação da PEC 393/01, proposta de emenda à Constituição que prevê a redução da jornada de 44 para 40 horas semanais.
Nesta terça-feira, dia 3 de junho, serão entregues no Congresso Nacional os abaixo-assinados na presença de representantes dos trabalhadores, empresários, analistas e estudiosos. Segundo o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), a medida poderá gerar mais de dois milhões de empregos, além de garantir mais qualidade de vida ao trabalhador.
De acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, “a idéia é fazer com que nossos argumentos sensibilizem a maioria dos deputados e senadores para que eles coloquem rapidamente em votação, ainda no primeiro semestre, projetos que estão parados há mais de dez anos”.
Com a adesão de vinte estados brasileiros às mobilizações do dia 28 de maio e as atenções voltadas para as lutas dos trabalhadores, pretende-se, ainda, conquistar a ratificação das Convenções 151 – de negociação coletiva no setor público – e 158 – que coíbe a demissão imotivada.
– A mobilização no Brasil todo foi além da nossa expectativa. Isso é extremamente importante e vai ajudar muito para garantir que o projeto de lei pela redução da jornada de trabalho sem redução dos salários seja aprovado no Congresso Nacional. O Dia de Luta foi vitorioso e essa avaliação se dá pelo grau de maturidade e unidade que as centrais vêm tendo, reconheceu o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes.