A Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 60 anos hoje, dia 10 de dezembro. No entanto, não há motivos para festejar. O que se vê são 60 anos de descaso com a vida, especialmente com as classes economicamente mais frágeis. Para protestar contra o desrespeito à DUDH, o Centro do Rio de Janeiro foi palco de diversas manifestações.
Uma delas reuniu representantes de sindicatos e movimentos populares em frente ao Palácio da Justiça, na Praça VX. De lá, a passeata seguiu para a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Com faixas, cartazes e cruzes os manifestantes gritavam por justiça. No local foi realizada apresentação teatral. Moradores do Complexo da Maré – onde o menino Matheus Rodrigues, de 8 anos, foi morto por policiais no último dia 4 – compareceram em grande número. A mãe de Matheus, Graciele Rodrigues, participou do ato e cobrou justiça.
Depois, as mais de cem pessoas reunidas em frente à Alerj seguiram em passeata pela Av. Rio Branco em direção à Cinelândia. Em frente à Câmara dos Vereadores manifestaram apoio a outra manifestação, que tinha a presença da mãe do menino João Roberto, de 3 anos, morto por policiais na Tijuca dentro do carro da família.
O grupo seguiu até encontrar os representantes da ONG Humanos Direitos que fazem vigília na praça Mahatma Ganhi pelos 60 anos da DUDH, contra a morte e a favor da vida.