Todo o mundo sindical e imprensa de modo geral têm repercutido o processo de negociações entre Central Geral dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CGTB), Força Sindical e empresários. O acordo prevê a redução da jornada de trabalho e redução de salários, suspensão dos contratos de trabalho e férias coletivas. Tudo isso para, supostamente, proteger o emprego do trabalhador. A CUT já se posicionou radicalmente contra a iniciativa, afirmando que o enfrentamento da crise é a geração de emprego e renda, diferente do cenário de demissões, redução de salários e flexibilização de direitos, imposto por este processo de negociação.
Na mesma linha de atuação segue a Fisenge, que adota posição contrária ao tipo de negociação em curso. Para o presidente da entidade, Carlos Bittencourt, o que está sendo negociado é um verdadeiro absurdo, já que não existe a garantia de estabilidade. “O que foi proposto e está sendo aceito é injusto e imoral”, afirmou Bittencourt. “Os empresários ganharam muito dinheiro com o próprio crescimento do Brasil. Agora, num momento de crise, a responsabilidade passa a ser do trabalhador. O que se vai conseguir com isto é o agravamento da crise, porque aumentará o número de pessoas com potencial de compra reduzido, consequentemente se reduz o dinheiro em circulação, cai o consumo, e temos um efeito cascata”
A Fisenge apóia a posição do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, que exige das empresas que recebem recursos do Governo Federal o compromisso de não demitirem funcionários.