Escola em um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no município de Sarandi, no estado do Rio Grande do Sul (RS), foi fechada por determinação do Ministério Público Estadual (MPE) e do governo do estado, no dia 10 de fevereiro. De acordo com o promotor de Justiça, o objetivo foi “garantir aos alunos acampados vaga em rede de ensino público regular, próximo ao acampamento”.
Segundo a coordenadora do setor de educação do MST, Isabela Braga, a comunidade escolar sequer foi consultada sobre o que era melhor para as 130 crianças que lá estudavam. Mesmo com as verbas cortadas, Braga afirmou que, a princípio, o trabalho não deve parar.
“Nós estamos e vamos continuar com nossas escolas. É uma história de treze anos, que foi aprovada e regulamentada pelo Conselho de Educação do Estado e, da noite para o dia, eles decidiram terminar com uma história construída. Não queremos prejudicar a vida escolar das crianças.”
Segundo Braga, esta ação está sendo feita sem conhecimento da realidade. Ela contou que os promotores alegaram, em Sarandi, que a escola seria fechada por não ensinar coisas como “hiato, ditongo, tritongo”. Mas, uma das educadoras ofereceu o seu caderno de planejamento para análise e eles recusaram, afirmando que vieram somente para notificar o fechamento.
A ação do MPE e do governo gaúcho pretende acabar com todas as escolas itinerantes no estado. O MST alega que o Rio Grande do Sul foi o primeiro estado do Brasil a reconhecer e regulamentar estas escolas, modelo que depois foi adotado por diversos estados.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias