Milhares de trabalhadores, estudantes e movimentos populares tomaram a Avenida Rio Branco na tarde dessa segunda, 30 de março. “Os trabalhadores não vão pagar pela crise” era a chamada da manifestação que fez parte do Dia Nacional de Lutas Contra as Demissões Redução de Salários e Direitos.
Pela manhã, mais de dez mil pessoas foram às ruas em São Paulo. Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte, Maceió e as principais capitais brasileiras também realizaram manifestações contra a crise.
No Rio de Janeiro, o eixo principal do protesto foi o repúdio a quaisquer demissões e retirada de direito sob a justificativa da crise. A política econômica do Governo Lula também foi alvo de ataque. A juventude ainda incorporou a luta contra o projeto de lei que estabelece restrições à meia entrada em cinema, teatros e ginásios esportivos. O objetivo dos estudantes é impedir a aprovação do PL 4571/08, de autoria do Senador Eduardo Azeredo(PSDB/MG), que limita o direito à meia entrada de deficientes físicos, estudantes e aposentados à apenas 40% da bilheteria de espetáculos culturais e esportivos, sem garantia de regulamentação e fiscalização.
A passeata partiu da Candelária, centro do Rio, seguiu pela Rio Branco e terminou entre os prédios do BNDES e da Petrobrás, já ao anoitecer. O local foi escolhido estrategicamente para exigir a re-estatização da empresa petroleira e denunciar o auxílio do banco público aos grandes capitalistas, sem nenhuma garantia à manutenção dos postos de trabalho.
O grande destaque da atividade foi a unidade construída entre os diversos setores do movimento social, em especial, as centrais sindicais. Intersindical, Conlutas, CTB, CUT, Força Sindical, CGTB e Nova Central ressaltaram em suas falações que só com a unidade dos trabalhadores será possível enfrentar a crise.
Fonte: Agência Petroleira de Notícias