No último dia 22, trabalhadores da fábrica ocupada, Flaskô, localizada em Sumaré, São Paulo, estiveram na sede da Procuradoria da Fazenda Nacional em Campinas, protocolando um documento no qual são apontadas diversas ilegalidades. Além disso, também exigem a imediata retirada de uma intimação que impõe ao coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô, Pedro Alem Santinho, a nomeação de seus bens pessoais por conta de dívidas patronais, assim como a suspensão dos processos de penhora de faturamento.
Os trabalhadores também reivindicam uma reunião com a Dra. Giuliana Lenza, responsável pelos ataques aos trabalhadores, e com o Dr. Luís Inácio Adams, Procurador-Geral da Fazenda Nacional que, inclusive, já os atendeu anteriormente.
Na tarde desse mesmo dia, ao retornarem à fábrica, havia um oficial de Justiça, da Vara do Anexo Fiscal de Sumaré, com mais cinco mandatos de intimação de penhoras de faturamento contra a Flaskô e todos em nome do coordenador do Conselho da Fábrica. São mais cinco, e que somadas com as outras oito que já existiam, totalizam-se 124% do faturamento. De acordo com os trabalhadores, a ofensiva continuará e novas intimações virão.
Para compreender melhor o caso:
O movimento das fábricas ocupadas é protagonista de uma luta fundamental para a classe trabalhadora. A perspectiva da expropriação dos meios de produção, por meio da estatização sob o controle operário, coloca em pauta a emancipação proletária. Por isso, os ataques contra a resistência dos trabalhadores da fábrica ocupada Flaskô, em Sumaré/SP, tomam novas dimensões, justamente, no momento em que completa seis anos de luta.