Em assembleias, 306 dos 352 trabalhadores aprovam propostas. Seagro aposta na mobilização da categoria
Foi fechado o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2009/2010, pelo Sindicato dos Engenheiros Agrônomos de Santa Catarina (Seagro-SC), nas empresas públicas da agricultura (Epagri e Cidasc). Após três meses de campanha salarial e 22 assembleias regionais, realizadas em todo o Estado, no dia 29 de junho, a proposta foi aprovada por 85% dos trabalhadores. De acordo com a proposta apresentada deve haver renovação do ACT 2008/2009, reposição pelo INPC integral do período (5,83%) com pagamento na folha de julho, retroativo a data base de 1º de maio, e a prorrogação do PDI – Plano de Demissão Incentivada da Cidasc por cinco anos.
Esta foi uma dura campanha salarial em que os trabalhadores intensificaram as mobilizações na luta para concluir a revisão do Plano de Cargos e Salários (PCS), incluindo a recomposição da Tabela Salarial. E, a partir desta luta e de muita discussão, que a contraproposta do Governo do Estado foi aprovada.
O objetivo é reestruturar a carreira dos profissionais – contemplando a valorização profissional e do conhecimento adquirido, tempo de serviço, entre outras. “A desvalorização leva a frustração e insatisfação a ponto de inviabilizar a Empresa no futuro e propiciar o esvaziamento dos quadros causando prejuízos incalculáveis, pois empresa de ciência e tecnologia sem quadros altamente qualificados, está fadada a mediocridade”, alerta o presidente do Seagro, engenheiro agrônomo, Jorge Dotti Cesa.
De acordo com o engenheiro agrônomo, Eduardo Medeiros Piazera, a urgente adequação da tabela salarial (presente no PCS) é o item mais importante de todo o debate. “O achatamento de salários existente atualmente na Epagri, coloca num mesmo nível salarial engenheiros agrônomos com 18 anos de casa e recém contratados. Tal situação é inadmissível, não só do ponto de vista da coerência dos salários profissionais como também do ponto de vista da motivação dos funcionários”, destaca Piazera.
Para o Seagro, a luta continua. Mesmo após fechar o ACT, a categoria deve permanecer mobilizada para garantir a transparência e eficácia na revisão do PCS, consequentemente, a retomada da carreira profissional dos engenheiros agrônomos na Epagri e, posteriormente, na Cidasc.