Hoje, 29 de janeiro, é dia da visibilidade trans. O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo, embora tenha alcançado recorde de candidaturas trans no ano passado. O cenário de exclusão social a pessoas trans é alarmante. Isso porque a transfobia expulsa das escolas, universidades, mercado de trabalho e dificulta o acesso à política pública. De acordo com “Dossiê dos Assassinatos e da violência contra pessoas trans”, divulgado hoje pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), em 2020 houve um aumento de 41% de mortes em relação a 2019, quando o dossiê da entidade contabilizou 124 assassinatos, sem contar a subnotificação. De acordo com o relatório, “faltam dados estatísticos governamentais sobre a violência sofrida pela população LGBTI+, em especial sobre a população trans, tendo em vista que, sem o devido acolhimento, essa população não efetiva a denúncia formal. Quando o faz, a vítima não tem o atendimento adequado”.
O Coletivo de Mulheres da Fisenge alerta para a importância da inclusão de identidade de gênero e orientação sexual nas fichas de filiação, do respeito ao nome social e à escolha do banheiro e da importância desses debates nos sindicatos e nas negociações coletivas. Reafirmamos o nosso comprometimento na luta contra a transfobia. Vidas trans importam!
Coletivo de Mulheres da Fisenge