O diretor do Senge-RJ Jorge Saraiva, participou, nesta terça-feira (19), do seminário “MP 595/12 – Desafios, Questionamentos e o Futuro dos Portos Organizados no Século XXI”. A Medida Provisória dispõe sobre a exploração direta e indireta, pela União, de portos e instalações portuárias e já tem mais de 640 emendas. Saraiva criticou a política do Governo Federal de tentar privatizar os portos de cargas, especialmente Santos, que recebe cerca de 70% das cargas que chegam no Brasil.
“Dilma e Lula foram eleitos para lutar contra a privatização. Nós combatemos fortemente essa política, que só causa precarização da força de trabalho”, afirmou.
Paralisação
Durante o seminário, os trabalhadores portuários aprovaram uma paralisação nacional em reação à MP. As atividades serão interrompidas por seis horas na sexta-feira das 7h às 13h – e na terça-feira – das 13h às 19h.
Os trabalhadores questionam a falta de transparência na elaboração da MP, a concessão da administração do porto, o esvaziamento de função das autoridades portuárias, a retirada do texto da legislação de garantias de proteção aos portuários e a omissão no texto em relação à guarda portuária.
Luta
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, destacou que a entidade incorporou a luta dos portuários como uma das bandeiras da marcha a Brasília que será realizada no dia 6 de março. A marcha faz parte das comemorações dos 30 anos da CUT.
Também participaram da plenária dirigentes sindicais de todo o país, filiados as três federações portuárias: Federação Nacional dos Portuários (FNP), Federação Nacional dos Estivadores (FNE) e Federação Nacional dos Avulsos (Fenccovib).
Fonte: Senge-RJ