Coletivo de Mulheres lança nota contra propaganda machista

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Propaganda machista também é violência! 

Por Coletivo de Mulheres da Fisenge

Não é antiga a propagação de peças publicitárias machistas na história do mundo. Época de carnaval e festas populares são ciceroneadas por propagandas que trazem a mulher como foco principal. A marca de cervejas Devassa, por exemplo, anunciou, recentemente, um comercial, que trazia um homem prestes a ter sua primeira vez com uma mulher. Neste caso: devassa. Ou mesmo o próprio comercial da Marisa, que propõe um estereótipo de mulher refém de modelos, pesos e medidas, em favor do corpo “perfeito”. Propaganda também é violência.

Afinal, a publicidade dita os estereótipos nos quais a mulher, moldada pelo patriarcado, deveria se encaixar. A publicidade é o que promove a difusão comercial de um produto e, em muitos casos, o produto é a mulher, caracterizando a mercantilização do corpo. Fora o estereótipo de mulher sempre associada à sexo e subserviência, é preciso alertar para o ditos padrões heteronormativos e raciais. Ou seja, mulheres brancas, heterossexuais e magras. A sociedade precisa de uma mudança radical de valores, com início nos meios de comunicação, instrumentos de veiculação de tais propagandas.

Assim como os informes publicitários, as novelas também ratificam os estereótipos e pautam a sociedade com jargões, modo de vestir, penteados, padrões eurocêntricos, etc. Precisamos de uma mídia democrática, livre de interesses mercantis, que respeitem a pluralidade e a liberdade da mulher.
Qualquer cidadão pode fazer denúncia de quaisquer propagandas Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) pelo site: http://www.conar.org.br/