Atentos aos desafios da profissão, os 40 participantes do Encontro Nacional da Engenharia Química – Reunião dos Conselheiros Federais e Regionais da Engenharia da modalidade Química do Sistema Confea/Crea e Mútua aprovaram na tarde desta terça-feira (3/6) a Carta de Brasília. O documento – que tem como premissa o fortalecimento da modalidade e de sua representatividade junto ao Sistema – propõe, por exemplo, o compartilhamento de informações e a promoção de treinamentos e eventos de capacitação de fiscais na área a fim de uniformizar a atuação do Sistema nos estados.Outra iniciativa proposta é implementar cartilha e manual atualizado de procedimentos para verificação e fiscalização do exercício da atividade, já elaborados pela Coordenadoria Nacional das Câmaras Especializadas de Engenharia Química (CCEEQ). Como forma de intensificar a aproximação com os universitários, a Carta sugere ainda a participação de lideranças em eventos como Semana Acadêmica ou na disciplina de Introdução às Engenharias da modalidade Química. Com isso, espera-se ampliar a divulgação de informações sobre a legislação profissional.
“O evento é importantíssimo. A Engenharia Química é uma modalidade menor, então ela tem sido pouco discutida, por isso é fundamental discutir essa modalidade, não só para efeitos de fiscalização mais também para valorização profissional. Tem sido um debate válido. Nós trocamos muitas experiências, aprendemos muito e, com certeza, vamos trabalhar isso nos nossos Creas. As boas soluções estão ligadas não só aos conselheiros, como também ao Confea. Se tivermos a colaboração mútua dos Creas e Confea, vamos ter bons resultados no final.” – engenheira química e diretora da mulher da Fisenge, Simone Baía, coordenadora adjunta da Câmara de Mecânica, Metalurgia, Química, Geologia e Minas do Crea-ES.
Para o coordenador nacional, engenheiro de alimentos Carlos Anjos, o debate específico sobre as temáticas afetas à modalidade subsidiou a elaboração da Carta. “Fiquei muito satisfeito com as experiências e informações compartilhadas aqui. Agora vamos colocar essas ações em prática”, afirmou.
Também satisfeito com o resultado do Encontro, o coordenador do Colégio de Entidades Nacionais, engenheiro de alimentos Gumercindo Ferreira, destacou que o evento funcionou como oportunidade para as lideranças tirarem dúvidas e oferecerem contribuições sobre os temas relacionados à modalidade. “Estou muito feliz com o resultado. Vamos lutar para que esse evento seja realizado anualmente”, pontuou. Sobre o desdobramento das ações previstas na Carta, Gumercindo garantiu que as entidades do Sistema vão batalhar por essas propostas a fim de fortalecer a modalidade.
“O evento tem sido muito importante porque são poucas as ocasiões em que a gente consegue reunir as associações e as câmaras de engenharia química para trocar ideias. Foi abordada uma série de temas, que são preocupações até recorrentes e acho que foram achadas soluções que, se implementadas, vão permitir pacificar esse assunto. É muito importante, até porque a área de engenharia química é uma área que tem crescido espantosamente nos segmentos de biotecnologia e na medicina. Nesse sentido, é muito importante reconhecer a diversidade do universo que nós estamos falando.” – engenheiro químico Hely de Andrade Júnior, da Associação Brasileira de Engenheiros Químicos (Abeq).