As centrais sindicais, federações e sindicatos dos trabalhadores de Santa Catarina reivindicam a equiparação do Piso Salarial Estadual aos valores praticados no estado do Paraná. Esse consenso foi definido durante reunião de mais de 70 dirigentes sindicais, realizada na Fecesc, na manhã do dia 14 de outubro. Também foi definida a intensificação da campanha de abaixo-assinado em favor do reajuste automático do Piso Estadual, até que se consiga pelo menos 60 mil adesões, número necessário para formulação de um Projeto de Lei de Iniciativa Popular – no momento, as entidades coletaram aproximadamente 43 mil assinaturas. Até o final deste mês, a proposta dos trabalhadores será encaminhada à federação patronal, a Fiesc, à Assembleia Legislativa e ao governo do Estado.
A data-base de reajuste do Piso Regional do estado do Paraná é em 1º de maio, enquanto a do Piso Salarial de Santa Catarina é em 1º de janeiro de cada ano. No momento, os valores e as diferenças percentuais das quatro faixas salariais no estado vizinho são os seguintes: R$ 882,59 (15,37%), R$ 914,82 (15,36%), R$ 949,53 (13,71%) e R$ 1.018,94 (16,45%). Este ano, os valores do Piso Salarial foram sancionados pelo governador Raimundo Colombo em 25 de março. Todos os anos, a comissão de negociação dos trabalhadores tenta antecipar a data do fechamento do Acordo, sem sucesso. O coordenador sindical do Dieese, Ivo Castanheira, observa que a cada ano a participação dos dirigentes sindicais é maior. Já o diretor técnico do Dieese, José Álvaro Cardoso, lembra que a reunião desta segunda-feira “foi a mais expressiva em número de participantes”.
O Piso Estadual beneficia mais de um milhão de trabalhadores catarinenses. O Dieese deve realizar em breve um estudo sobre o impacto do Piso Salarial Estadual nas negociações salariais e na economia do estado como um todo.
O SEAGRO-SC (Sindicato dos Engenheiros Agrônomos de Santa Catarina) esteve representado por seu presidente Vlademir Gazoni. A entidade participa estrategicamente na questão relacionada ao Piso Estadual. “Embora o piso não tenha reflexo direto nos salários da nossa categoria, o SEAGRO apoia e participa desta luta pelo seu grande alcance social e econômico para Santa Catarina. Destacamos o empenho e a atuação do Dieese e das Centrais Sindicais, sempre empenhados, dialogando e negociando com os órgãos competentes a valorização do profissional. Nós, como representantes da classe trabalhadora, apoiamos as iniciativas das entidades parceiras por entendermos que um país melhor se constrói a partir do somatório de ações populares”, finaliza o presidente do SEAGRO, Vlademir Gazoni.
Fonte: Seagro-SC