Mobilização esquentou os militantes para o Dia Nacional de Luta com manifestações, paralisações e greves
Mais de duas mil pessoas foram até a Boca Maldita na manhã deste sábado (29) para colocar, novamente, a pauta da classe trabalhadora nas ruas da capital paranaense. Redução da jornada de trabalho, o Projeto de Lei das Terceirizações e a tarifa do transporte público foram alguns dos temas levantados pelos trabalhadores e trabalhadoras.
“A PL 4330 terceiriza todos os trabalhadores e trabalhadoras deste País, até mesmo o serviço público em todas as suas instâncias. Se isso for para votação e passar poderemos ser todos terceirizados. É preciso que este juventude, que serão os trabalhadores de amanhã, vá para as ruas contra este projeto”, enfatizou a presidenta da Central Única dos Trabalhadores do Paraná, Regina Cruz.
Regina também anunciou uma nova grande mobilização nacional, marcada para o dia 11 de julho, onde as centrais sindicais vão promover grandes atos por todo o País. “Mas quero chamar a atenção. A greve é um instrumento legítimo de todos os trabalhadores e trabalhadoras. Contudo, não podemos cair no golpe de greves falsas e sem comando que estão sendo chamadas pelas redes sociais. Estes movimentos não representam os trabalhadores e trabalhadoras de forma legítima”, completou.
Durante a manifestação, a reforma política também foi pauta dos militantes que levaram faixas e cartazes pedindo uma nova configuração do sistema político e eleitoral brasileiro. O membro da executiva nacional da CUT, Roni Barbosa, reforçou este ponto. “Esta é a principal pauta da sociedade brasileira. Nós vimos o quanto ela está deslocada das ruas, do que pensa a juventude e os movimentos sociais no Brasil. É uma reforma política, através do plebiscito, e é fundamental que seja assim para que a população possa opinar e estes movimentos possam estar representados”, sentenciou.
O coordenador da Plenária Popular dos Transportes, André Machado, destacou a importância das mobilizações para a mudança do País. “Que esta indignação se transforme em mudanças concretas na vida do povo. A reforma política não pode ser cosmética. Temos que colocar em questão as estruturas que impedem as conquistas sociais, que impedem dinheiro na educação, saúde e cultura. Precisamos de uma reforma ampla e democrática”, avaliou.
Fonte: CUT-PR