O 1º de maio é sempre um importante momento para olhar o passado, refletir o presente e alimentar esperanças para o futuro. Desde que a luta internacional pela redução da jornada chegou ao Brasil temos vivido marcantes dias do trabalhador e da trabalhadora. Nos 50 anos do golpe civil-militar no Brasil, lembramos a greve histórica dos metalúrgicos do ABC (SP), que mesmo com o sindicato sob intervenção, manteve a mobilização e o ato do 1º de maio, em São Bernardo, com lideranças de todo o país, em 1980.Outros dois momentos no dia do trabalhador foi a bomba do Riocentro, em 1981; e a bomba, em 1989, no Memorial dos Mártires da Greve da CSN de 1988, em Volta Redonda. Uma data de luta marcada pela repressão violenta do Estado em diferentes ocasiões.
Que o 1º de maio de 2014 seja marcado pelo aprofundamento dos alicerces democráticos do país; pelo legado social da Copa do Mundo e pela afirmação do projeto democrático em curso no Brasil. Defendemos uma ampla reforma do sistema político brasileiro, que enfrente, de fato, a atual mecantilização da política. Precisamos avançar na luta pela igualdade de gênero, especialmente na ocupação dos espaços de poder e na divisão de responsabilidades familiares. Hoje, o Brasil aparece atrás de países como o Mali, em relação à participação feminina nos espaços de poder, ocupando 124ª posição entre os 148 países pesquisados.
Diante de tantos desafios, é preciso que nós, movimentos sindical e social, sigamos nas ruas disputando e construindo o Estado público, inclusivo e democrático que sonhamos. Se lembrar é resistir, resistir é seguir avançando em nossas lutas.