A campanha “Fim de jogo
para o racismo” será lançada pela Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados na próxima terça-feira (13), às 15 horas, no hall da taquigrafia. O objetivo é ajudar a acabar com as práticas de racismo que atualmente têm sido marcantes nas partidas de futebol, dentro e fora dos estádios.
A campanha pretende conscientizar a sociedade, profissionais e pessoas envolvidas com esporte sobre as atitudes de racismo praticadas contra atletas e profissionais durante eventos esportivos, destacando que o racismo é crime inafiançável e imprescritível, com prisão em flagrante, definido por lei há mais de 20 anos.
O presidente da Comissão do Esporte, deputado Damião Feliciano (PDT-PB) ressalta importância da denúncia no combate ao racismo. A punição prevista pela lei é a pena de reclusão de um a três anos mais multa para quem praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
E manifesta otimismo quanto aos resultados da campanha. “A denúncia é fundamental, a campanha ressalta isso. Denuncie quando você vir uma pessoa cometendo um crime de racismo.”
Idealizada e produzida por servidores da Câmara, a campanha teve custo zero para a Casa. O material será divulgado na internet e demais veículos de comunicação da Câmara e também será disponibilizado para as TVs e rádios legislativas, e emissoras privadas.
Comissão do Esporte também realiza um debate interativo sobre o tema na próxima quarta-feira (14), no Laboratório Hacker da Câmara dos Deputados, a partir das 10 horas. Para participar, basta acessar o ambiente de bate-papo do portal e-Democracia da Câmara.
Casos recentes
Recentemente, casos de racismo envolveram atletas brasileiros. No último dia 27, durante partida do campeonato espanhol, um torcedor do Villarreal arremessou uma banana contra o lateral-direito do Barcelona Daniel Alves. Em resposta, o brasileiro comeu a fruta em campo, antes de cobrar um escanteio, gerando milhares de mensagens de solidariedade nas redes sociais.
Em fevereiro, o volante Tinga foi hostilizado por torcedores do Real Garcilaso, do Peru, no jogo de estreia do Cruzeiro na Taça Libertadores da América. Um mês depois, o jogador Arouca, do Santos, foi chamado de “macacão” por torcedores durante partida contra o Mogi Mirim pelo campeonato paulista.
Da Redação em Brasília
Com Agência Câmara