“Quando pensamos a história nos voltamos para o futuro”. Essa frase, narrada durante o documentário de Silvio Tendler, Privatizações: a distopia do capital, explicita o objetivo da Mostra, realizada pelo Senge-BA na noite do último sábado, 18 de outubro. O Sindicato exibiu o filme para o público presente que pôde também debater o conteúdo da obra com o presidente da CUT-BA Cedro Silva e o presidente do Senge-BA, o engº civil Ubiratan Félix. A deputada estadual Maria del Carmen também esteve presente e participou do debate. Privatizações: a distopia do capital é uma obra que resgata – através de depoimentos de intelectuais, educadores e políticos e também de imagens de arquivos e reportagens – a memória do processo de privatização sistemática das estatais brasileiras durante os anos de 1990. Ele traça um painel analítico e, sobretudo, crítico do período, levando em consideração o contexto histórico e o avanço das políticas neoliberais e apontando como os meios de comunicação ajudaram a construir a narrativa oficial de que privatizar era o caminho para o desenvolvimento do Brasil.
Embora o processo mostrado no filme faça parte de um período relativamente recente, os dois debatedores ressaltaram a necessidade de apresentá-lo à juventude. “Hoje a gente tem uma geração que precisa conhecer essa história”, disse Cedro. Ubiratan Félix também destacou a importância de relembrar o passado e, principalmente, fazer uma leitura crítica dele. “Somos um país com pouca memória histórica”, afirmou. |