“90% dos casos de assédio moral são praticados pelas chefias”, afirma especialista

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“É preciso uma mudança cultural. A discussão do ambiente de assédio deve estar presente no âmbito escolar para que haja uma maior compreensão no futuro”. Este é o ponto de vista do Psicólogo, Mestre em Educação e Consultor da Mediare, Fernando Eduardo Mesadri. Ele apresentou a palestra “Liderança, Assédio Moral e Sexual no Ambiente de Trabalho”, durante a reunião do Conselho Deliberativo do Senge-PR. O evento contou com a participação da direção da entidade de todo o estado.

A discussão do tema faz parte da política do sindicato de garantir condições ideais de trabalho para os engenheiros e engenheiras. O estado tem 60 mil profissionais, sendo 10 mil mulheres e 50 mil homens, de acordo com dados do CREA-PR. Essas pessoas podem, em algum momento, serem vítimas ou até promoverem assédio moral ou sexual. Para evitar e combater essas condutas, são necessários aprendizado e conhecimento.

Fernando Eduardo Mesadri explica como identificar quando um ambiente de trabalho não está saudável. Segundo ele, 90% dos casos de assédio moral são praticados pelas chefias, 6% por chefes e colegas, 2,5% entre colegas e 1,5% de subordinado para chefias.

As consequências do assédio moral são perda de ânimo e problemas de memória, sensação de enlouquecimento, baixa autoestima e depressão. O assédio moral “é a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego”, esclarece Fernando.

Já o assédio sexual é previsto como crime no artigo 216-A do Código Penal. Ou seja, é um crime por definição. Não necessariamente é uma conduta repetitiva. Basta um episódio para que se caracterize o delito. “O assédio sexual pode ser definido como avanços de caráter sexual, não aceitáveis e não requeridos, favores sexuais ou contatos verbais ou físicos que criam uma atmosfera ofensiva e hostil. Pode também ser visto como uma forma de violência contra mulheres ou homens”, identifica.

O palestrante sugere que uma das melhores formas de evitar o assédio é ter uma conduta adequada de liderança. É importante ter consciência ética, cultura de aprendizado, desmistificação das relações de poder e ressignificação do ambiente e das relações de trabalho.

E você, sabe identificar o assédio moral ou sexual? Clique abaixo e confira a palestra do Psicólogo, Mestre em Educação e Consultor da Mediare, Fernando Eduardo Mesadri.