Em defesa da democracia, da engenharia e da soberania nacional, Fisenge recomenda voto na chapa Lula/Alckmin

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Crise econômica, desmonte do Estado, censura, desemprego e ataques à democracia. É sob este cenário que o Brasil vive um processo eleitoral de marcos históricos. Nos anos 1990, início do neoliberalismo, era comum ver manchetes de jornal anunciando que o “engenheiro virou suco”. Nos últimos quatro anos, as manchetes se repetem de outra forma: “o engenheiro virou Uber”. As empresas nacionais foram fechadas, demissões em massa, aumento da informalidade e as principais políticas públicas de estímulo à engenharia foram cortadas. Assistimos ao fim da política de conteúdo local que é um instrumento de defesa da soberania do país, de geração de emprego e renda e fortalecimento da indústria brasileira.

De 2003 a 2014, a Petrobras gerou mais de 85 mil empregos, reestruturando todo o parque da indústria naval. Este avanço também aconteceu no estímulo à produção tecnológica por meio da engenharia brasileira. O pré-sal foi descoberto graças ao investimento em tecnologia local com excelência em engenharia. O atual governo arroga o patriotismo, no entanto, entrega o nosso país ao mercado internacional, reduzindo a nossa competitividade internacional e acelerando drasticamente o processo de desindustrialização e desnacionalização da economia.

Foi durante os governos Lula (2003/2011) que a engenharia viveu o seu ápice e as manchetes de jornais, inclusive, anunciavam a possibilidade de apagão de engenheiros, dadas as inúmeras oportunidades de trabalho e estímulo à ciência, tecnologia e pesquisa. Nesse período, aumentaram as vagas e os cursos de engenharia nas universidades, houve estímulo à formação e cooperação internacional com o programa “Ciência sem fronteiras”, acesso à bolsas do CNPq para mestrado e doutorado, abertura de institutos federais Brasil afora, concursos públicos e programas como “Minha Casa, Minha Vida”, “Luz para Todos”, “Programa Nacional de Agricultura Familiar”, sem contar a defesa e o investimento em empresas públicas e estatais como Eletrobras, Embrapa e Petrobras.

O que vemos hoje é a destruição da engenharia nacional, da democracia e da soberania. Vivemos tempos em que o governo federal prioriza uma política armamentista, enquanto o povo passa fome. Não há respeito ao Estado democrático de direito com ataques recorrentes às instituições, aos profissionais da imprensa e àqueles que ousam apresentar o contraditório, elemento fundamental de uma democracia. Há o aprofundamento da negação da política com a disseminação de fake news e narrativas de ódio. A nossa soberania nacional está em risco com a entrega do patrimônio brasileiro e a crise econômica se aprofunda.

Recentemente, houve o vazamento de vídeo do Ministro da Economia Paulo Guedes, declarando que, num futuro mandato, não haverá reposição integral da inflação ao salário mínimo. Isso porque este também extinguiu a política de valorização do salário mínimo que garantia aumento real além da inflação, afetando diretamente o Salário Mínimo Profissional da categoria.

Os tempos que vivemos exigem coragem e mudança. E é com esse sentimento que a Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge) anuncia seu apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva neste segundo turno com a certeza de que é possível reconstruir o Brasil com o fortalecimento da engenharia, da agronomia, das geociências, da democracia, da soberania nacional, do Estado e da participação popular.

 

 

 

Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge)
Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2022