Desde 1992, celebra-se em 25 de julho o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, um marco internacional da luta e da resistência das mulheres negras. Outro marco em 25 de julho é o Dia Nacional de Teresa de Benguela, uma lei aprovada em 2014, para homenagear e lembrar o nome da mulher que se tornou símbolo de liderança e força pela liberdade. Resistiu à escravidão, comandou a estrutura política e administrativa da comunidade em que vivia, em Mato Grosso, e é considerada uma heroína negra. A Agência Patrícia Galvão compilou dados de pesquisas divulgadas até junho deste ano, que trazem números alarmantes e preocupantes a respeito da violência de gênero no Brasil, muitas vezes praticadas pelos agentes do Estado e que vitimam sobretudo mulheres negras, que representam 24,5% da população brasileira. O Atlas da violência 2017 aponta que além de serem maioria entre as vítimas fatais de agressão, mulheres negras são também as que mais morrem pelas mãos do Estado, nas “intervenções legais e operações de guerra”. No período entre 2005 e 2015, 52% de mulheres pretas ou pardas foram vitimadas pelo braço armado do Estado. O racismo também é evidenciado dentro de casa, onde foram contabilizados, em um ano, 2.902 mortes de mulheres negras, o equivalente a 8 homicídios por dia.
#25DeJulho #DiadaMulherNegra #MulherNegra