Hoje, 1º de maio, é dia do(a) trabalhador(a), data que lembramos a luta de homens e mulheres por direitos e condições de trabalho como a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias, em 1891. À época, os panfletos estampavam: “A partir de hoje, nenhum operário deve trabalhar mais de 8 horas por dia. 8 horas de trabalho, 8 de repouso e 8 de educação”. No entanto, se atualizamos essa frase para os dias atuais, percebemos que é praticamente impossível ter 8 horas de repouso e 8 de educação. O(a) trabalhador(a) leva uma média de 4,8 horas por semana de deslocamento, de acordo com pesquisa do IBGE de 2019, sem contar que as mulheres acumulam o trabalho doméstico e as responsabilidades familiares. Com o golpe político-militar-jurídico-midiático ao mandato da presidenta Dilma Rousseff, o Brasil entrou num profundo processo de retirada de direitos e de desmonte do Estado. A ascensão de Michel Temer e a eleição de Bolsonaro consolidaram o ultraneoliberalismo no país. Passamos por uma Reforma Trabalhista que privilegia o negociado sobre o legislado, permitindo negociações em condições desiguais que prejudicam os trabalhadores. A volta de um trabalhador, Luiz Inácio Lula da Silva, à Presidência da República sinaliza novos horizontes ao mundo do trabalho. O momento é de reconstrução e perpassa por uma agenda ampla de retomada de direitos, como: a política de valorização do salário mínimo; o estímulo à geração de emprego e renda; a queda da taxa de juros; a revisão da tabela do imposto de renda; por igualdade de oportunidades para mulheres e pessoas negras; valorização dos servidores públicos e o fortalecimento do movimento sindical. Essa agenda deve vir acompanhada por uma vigilante defesa da democracia, dos direitos humanos e da soberania nacional.
Devemos nos inspirar na luta que permanece. Juntos e juntas somos fortes! Engenheiro (a), sindicalize-se!