11 de dezembro: vitórias, conquistas e desafios

Share on facebook
Share on twitter
Share on whatsapp
Share on email

Mãos que projetam casas, estradas, transportes, hidrelétricas, navios, sistemas de esgoto, desenvolvem planos de banda larga, otimizam processos agroflorestais. Mentes que planejam as cidades, descobrem outras formas de energia, transformam o sonho do pré-sal em realidade. O 11 de dezembro – dia da engenharia, da arquitetura e da agrimensura – representa a construção cotidiana de um desenvolvimento social sustentável. São profissionais pensando a cidade, o campo e o futuro do país. Acima de tudo, o 11 de dezembro reafirma a valorização profissional.

Foram décadas de abandono antes da retomada de investimentos em obras, pesquisa e tecnologia. Falar em valorização profissional significa respeito aos salários; cumprimento e defesa da Lei nº 4.950-A/66, que estabelece o Salário Mínimo Profissional, cujo valor muitas empresas ainda negam o pagamento; respeito às jornadas de trabalho e às atribuições profissionais. Não obstante a isso, também é preciso investimento em educação, reformulação do currículo acadêmico, tanto na graduação quanto em pós-graduação.

O cenário econômico é otimista e as relações diplomáticas favorecem. O Brasil pode, finalmente, deixar de ser o país do futuro e ser o país do agora. Já fazemos parte do grupo dos países emergentes, denominado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Embora estes países tenham forte inserção e credibilidade no quadro internacional, o Brasil – com papel de exportador agropecuário no grupo – é o país que menos forma engenheiros neste bloco econômico. De acordo com informações da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), a Rússia forma 190 mil por ano, a Índia 220 mil e a China 650 mil, enquanto o Brasil forma cerca de 47 mil engenheiros.

É preciso ocupar os espaços e seguir num projeto verdadeiramente transformador. A engenharia tem dado sua contribuição. Este é o momento de discutirmos a participação de nós, profissionais, dentro de um contexto nacional e internacional. O debate que precisamos travar é a defesa de nossos salários, melhores condições de trabalho, o aperfeiçoamento das grades acadêmicas, bem como o investimento em educação, tecnologia e formação continuada.

Muitos são os desafios e inúmeras as oportunidades.  O 11 de dezembro simboliza a regulamentação de nossa profissão. Nós – engenheiros, arquitetos, agrimensores, geólogos, geógrafos e meteorologistas – devemos bradar juntos, todos os dias, a valorização profissional e as conquistas sociais.

A diretoria