Santa Catarina realiza o 1º Fórum Estadual de Lideranças da Agronomia

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Foi um sucesso a primeira edição do Fórum Estadual de Lideranças da Agronomia, realizado nos dias 03 e 04 de dezembro, no auditório do Crea-SC, em Florianópolis. Um dos pontos altos da solenidade de abertura foi o lançamento do 8º Congresso Estadual dos Engenheiros Agrônomos, que será realizado entre os dias 21 a 23 de maio de 2014, na capital catarinense, com foco na segurança alimentar e a responsabilidade profissional. Logo após a abertura, foi realizada a posse da primeira diretoria da Federação dos Engenheiros Agrônomos de Santa Catarina, tendo à frente o engenheiro agrônomo Raul Zucatto.
No segundo dia do evento, 04, o Fórum foi dividido em dois grandes debates, na parte da manhã o tema foi “Os Agrotóxicos, Receituários Agronômico, Conhecimento e Responsabilidade Profissional na Produção de Alimentos Seguros”, com a participação do renomado professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o engenheiro agrônomo Aldo Merotto, que defendeu a necessidade do uso de agrotóxicos, cobrando das autoridades uma maior fiscalização no fornecimento do receituário. Em sua fala apresentou números, dados e fontes embasando desta forma sua defesa na produção de mais alimentos uma população que só cresce. Foram debatedores os também engenheiros agrônomos Matheus Mazon Fraga da Cidasc e Daniel Galafassi, do Crea-PR.

A tarde, o assunto foi “A qualidade do Ensino oferecida pelos cursos de Agronomia e Atribuições Profissionais dos Engenheiros Agrônomos”, pois existe uma grande preocupação da categoria com a falta de controle, na abertura e no nível dos cursos de agronomia. Em SC eram cinco há menos de dois anos e hoje já são 16, alguns sem a mínima estrutura. Segundo o palestrante e professor da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais e engenheiro agrônomo, Francisco Xavier Ribeiro do Vale, professor titular do Departamento de Fitopatologia da UFV, que fez uma apresentação com números da pesquisa realizada pelo Confea/MEC em 2010, com informações e índices do país de 1991 a 2007: com a demanda pelos cursos, com o número de inscritos nos processos seletivos, o número de vagas ofertadas, o número de alunos ingressantes, o número de alunos concluintes, todas estas informações foram analisadas e cruzadas, agregadamente e também separadamente pelas cinco regiões do país. As análises tiveram como fio condutor as categorias administrativas (pública e privada), as organizações acadêmicas (universidades, centros universitários e faculdades), o tema do gênero, quesitos, enfim, analisando o comportamento do mercado, dando orientações ao MEC para suas dinâmicas e pontuar decisões quanto ao ensino agronômico.

Veja alguns dados apresentados pelo professor:
• Dentre os 48.307 inscritos em 2007, nada menos que 40.217 candidatos se inscreveram nas instituições públicas, ou seja, mais de 83%;
• 61% desta demanda recaíram sobre o Instituto Federal do Espirito Santo;
• Do ponto de vista regional 54% se concentram nas regiões Sul e Sudeste;
• Mas há uma forte demanda nas regiões Centro-Oeste nos últimos anos em instituições públicas federais;
• Entre 2003 e 2004 há uma forte demanda por vagas nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, principalmente nas instituições públicas.

A palestra foi mediada pelos também agrônomos Kleber Souza dos Santos, do Confaeab e do MAPA, ambos de Brasília, e Daniel Marcondes Sallati, Conselheiro do Confea e professor na USP.